Escritórios em São Paulo: Nove Trimestres para Atingir Menor Vacância

Camila Brito • 20 de setembro de 2024

Escritórios em São Paulo: Nove Trimestres para Atingir Menor Vacância

O mercado de escritórios em São Paulo é o maior e mais dinâmico do Brasil, sendo um termômetro crucial para o setor imobiliário corporativo. De acordo com um levantamento da SiiLA (Sistema de Inteligência Imobiliária Latino-Americana), o tempo médio para que imóveis recém-entregues na cidade alcancem sua menor vacância é de nove trimestres. Esse dado reflete a combinação entre uma demanda robusta e os desafios naturais de absorção de novos espaços em uma cidade de alta competitividade.


O Cenário de São Paulo

Atualmente, São Paulo possui um estoque de 8,8 milhões de metros quadrados de escritórios de classe A+, A e B, o que corresponde a 62,5% do total nacional. Entre 2016 e 2022, aproximadamente 1,6 milhão de metros quadrados de novos empreendimentos foram entregues na cidade, com picos de oferta em 2016 e 2018. Em 2019, no entanto, houve uma queda acentuada, com apenas 78 mil metros quadrados de novas entregas, evidenciando os ciclos de expansão e retração no mercado.


Tempo para Atingir a Menor Vacância

O período necessário para que empreendimentos recém-entregues atinjam sua menor vacância varia de acordo com diversos fatores. Em 2016, por exemplo, grandes projetos como o São Paulo Corporate Towers e o WTorre Morumbi foram entregues e levaram 12 trimestres para alcançar uma vacância de apenas 8,07%. Esse dado mostra que o comportamento do mercado não é linear. Fatores econômicos, localização e mudanças no perfil de demanda influenciam diretamente o tempo necessário para que os imóveis atinjam a ocupação ideal.


CBDs vs. Regiões Menos Centrais

As regiões mais centrais, conhecidas como CBDs (Central Business Districts), dominam o mercado de escritórios em São Paulo. Responsáveis por 67,5% das entregas e 71,1% das absorções de novos estoques, os imóveis nessas áreas levam, em média, nove trimestres para atingir a menor vacância. Já em regiões menos centrais, como Chácara Santo Antônio e Chucri Zaidan, esse período é mais longo, chegando a 10 trimestres.


Apesar disso, há um crescimento no desenvolvimento das áreas periféricas. Essas regiões oferecem alternativas mais acessíveis em termos de custo e infraestrutura, o que atrai empresas e investidores à procura de soluções mais econômicas. Embora a absorção de novos espaços seja mais lenta nas periferias, a demanda tem crescido, impulsionada por novos projetos e pela necessidade de expansão.


Tendências e Projeções

O setor de escritórios em São Paulo deve enfrentar novos desafios nos próximos anos, ao mesmo tempo em que surgem oportunidades promissoras. A entrega de novos empreendimentos e a adaptação às novas dinâmicas de trabalho, como o home office e o modelo híbrido, vão moldar o futuro desse mercado. O estudo da SiiLA reforça que a vacância permanece um indicador vital da saúde e competitividade do segmento, que continua a atrair investimentos e a ditar tendências.


Conclusão

São Paulo segue como o principal mercado de escritórios do Brasil, com as regiões centrais dominando, mas áreas menos centrais mostrando um potencial de crescimento contínuo. Esse equilíbrio entre áreas consolidadas e regiões em desenvolvimento reforça a diversidade e a capacidade de inovação do setor imobiliário paulistano, que se adapta às mudanças econômicas e às novas demandas do mercado corporativo.


Para gestores, investidores e empresas, o entendimento desses ciclos e das tendências emergentes é fundamental para tomar decisões estratégicas em um ambiente em constante transformação.


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